Ao alcançar o estado de Amor, o véu que obscurece a percepção se dissipa. A experiência humana, com todos os seus altos e baixos — sentimentos como raiva, tristeza e frustração — ainda está presente. No entanto, o Amor atua como um guia, reconduzindo você ao equilíbrio. Ele não apaga as emoções humanas, mas revela que são passageiras, parte natural do fluxo da vida e sempre carregam consigo lições valiosas. No Amor, você não reage impulsivamente; ao contrário, observa, compreende e integra essas emoções, permitindo que se dissipem gradualmente.

Quem nunca experimentou aquele amor de adolescência não correspondido, que abala a autoestima e traz o medo, a insegurança, o ciúme, a vontade de controlar? Ou então aquele grande amor do início da vida adulta, que parece a solução para todos os problemas, mas ainda assim carrega consigo o desejo de ter tudo sob controle? Quando esse amor vai embora, o que resta normalmente são questões não resolvidas e a sensação de vazio.

No Cosmos, o Amor verdadeiro não é sobre preencher lacunas ou buscar soluções fora de si. Ele é um estado de consciência que acolhe, compreende e transforma, muito além das máscaras das emoções humanas.

Calma, não estamos dizendo que não exista amor envolvido nessas experiências. No entanto, o amor romântico deve ser visto como um contrato pautado por respeito mútuo, honestidade, amizade, fidelidade, compromisso, parceria e cuidado. Esse contrato só se sustenta verdadeiramente quando a vibração do Amor permeia a relação. Se uma das partes deixa de agir conforme esses princípios, é sinal de que já não está mais sintonizada nessa vibração. Por outro lado, mesmo quando uma ou ambas as partes decidem encerrar o contrato, se esse processo é feito com respeito e consideração, o Amor-vibração ainda está presente. No Amor verdadeiro, até mesmo o término de um ciclo acontece com ternura e respeito, mesmo que traga consigo saudade ou tristeza. Isso faz parte do crescer.