Alcaçuz — Glycyrrhiza glabra
Nome popular: Alcaçuz
Nome Ayurveda: Yashtimadhu
Família: Fabaceae/Leguminosae
Partes usadas: Raiz, rizoma
Nativa de: Sul da Europa e oeste da Ásia
Sabor: Doce
Guna (atributo): Pesado e oleoso
Virya (potência): Fria
Vipaka (efeito pós digestivo): Doce
Efeitos nos doshas: Pacifica Vata e Pitta
Benefícios medicinais:
A planta de alcaçuz, membro da família Fabaceae, é amplamente utilizada na medicina tradicional há milhares de anos, especialmente nas medicinas chinesa e ayurvédica, além de tradições ocidentais antigas. As espécies mais comuns são o alcaçuz europeu (G. glabra) e o alcaçuz chinês (G. uralensis e G. inflata). O alcaçuz é conhecido por suas propriedades restauradoras e relaxantes, sendo indicado para tratar irritações gástricas, tosses secas e espasmos abdominais. Ele contém polissacarídeos que ajudam a acalmar membranas mucosas inflamadas e possui ação antiespasmódica, útil para aliviar cólicas e tosses.
Na fitoterapia moderna, o alcaçuz é valorizado por seus efeitos adaptogênicos e de fortalecimento do sistema imunológico, sendo eficaz no combate a infecções virais e na proteção do fígado. É também utilizado para equilibrar o sistema endócrino, especialmente em casos de exaustão adrenal. O alcaçuz tem propriedades antivirais notáveis, inibindo a replicação viral e estimulando o sistema imunológico. Além disso, o alcaçuz é integrado em formulações herbais para potencializar a eficácia de outras ervas, tornando-as mais palatáveis e reduzindo sua toxicidade. Seu uso tradicional abrange desde condições respiratórias a distúrbios digestivos, demonstrando sua versatilidade e eficácia ao longo dos séculos.
Ações:
Adaptógeno
Anódino
Anti-inflamatório
Antiadesivo
Antibacteriano
Anti-hepatotóxico
Antihiperglicêmico
Antiparasitário
Antiespasmódico
Antitussígeno
Antiviral
Afrodisíaco
Demulcente
Expectorante
Hepático
Imunomodulador
Imunoestimulante
Tônico
Vulnerário
Formas de Uso:
Cápsulas
Decocção
Alimento
Gel
Pomada
Cataplasma
Pó
Tintura
Dose para Adultos:
Decocção: ½-1 colher de chá por xícara de água fervente, fervida por 10 minutos, 3 vezes ao dia.
Pó: 1-2 gramas, 1 a 3 vezes ao dia.
Tintura: 1,5-3 mL (1:5, 30%), 1 a 3 vezes ao dia.
Cuidados:
O alcaçuz é aprovado pelo Conselho da Europa para uso como aditivo alimentar em pequenas quantidades. No entanto, não deve ser consumido a longo prazo (mais de 4 a 6 semanas) ou em altas doses.
O pseudoaldosteronismo induzido por alcaçuz, uma condição séria e imprevisível observada na medicina Kampo, pode ser fatal. Seus sintomas incluem hipertensão, edema, hipocalemia, hipernatremia, alcalose metabólica, hiporreninemia, dores musculares e dormência. É crucial estar atento a esses sintomas e procurar atendimento médico imediatamente. Pessoas com pressão alta, doenças cardíacas, hepáticas, renais, diabetes e gestantes devem evitar o uso de alcaçuz não desglicirrinizado. O alcaçuz pode interferir com alguns medicamentos prescritos, como glicosídeos cardíacos e medicamentos antiarrítmicos. Recomenda-se usar alcaçuz em combinação com outras ervas para minimizar efeitos colaterais. O extrato desglicirrinizado (DGL) é geralmente seguro e sem efeitos colaterais, mas pode ser ineficaz como antiviral.